quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010





domingo, 14 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Tudo começa aqui para as personagens exaustas de Audiard. Nele os inícios assemelham-se aos finais. São grandes as privações dos protagonistas; são contentores de lixo da alma em que muito pouco é reciclado. Descobrem tarde o limbo em que vivem através das tragédias alheias. No entanto, são eles os mais afectados. E quando pensamos que este despertar os aliviará, eles mergulham no mundo, corrompem-se fisica e moralmente. Vemo-lo nos seus rostos (e que belos grandes-planos!). Estes são filmes linchados. Tudo pretexto para mutações muito ténues e dificilmente identificáveis. Todos eles são sem-abrigo. Vagabundos sem o saber.

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Compasso terciário

Não se tira grande coisa de «Bright Star». Tudo bem, na senda dos romances de cordel ultrapassa formalmente Joe Wright - seus filmes bajuladores - roça «Piano», mas nem aos calcanhares da sua excelência (ou mero bom gosto) chega.

Leitura comestível: Transcendental Style in Film


II. BRESSON

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Conto imoral

Tinha que ver este do Von Trier. Enfim, e vi-o. Não queria dispensar-lhe muitas palavras. O melhor (e único verdadeiro) W. Dafoe desde o "New Rose Hotel" do Ferrara.

Não existem jaulas para esta fera


Antes de mais convém esclarecer que não se trata tout court de uma obra exclusiva de Lowry; talvez um acto espírita deste (e por que não?). Mas nem este enclausuramento detém o seu génio. A ressaca de "Under the vulcano" é maravilhosa no seu joir de vivre sóbrio. Mas o México (o Canadá, Los Angeles, o mundo...) é tão sombrio aos olhos do inglês macerados pelo mescal.