domingo, 7 de fevereiro de 2010
Tudo começa aqui para as personagens exaustas de Audiard. Nele os inícios assemelham-se aos finais. São grandes as privações dos protagonistas; são contentores de lixo da alma em que muito pouco é reciclado. Descobrem tarde o limbo em que vivem através das tragédias alheias. No entanto, são eles os mais afectados. E quando pensamos que este despertar os aliviará, eles mergulham no mundo, corrompem-se fisica e moralmente. Vemo-lo nos seus rostos (e que belos grandes-planos!). Estes são filmes linchados. Tudo pretexto para mutações muito ténues e dificilmente identificáveis. Todos eles são sem-abrigo. Vagabundos sem o saber.
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