quarta-feira, 2 de setembro de 2009

De «Spirit»

Frank Miller, 2008

Todos sabemos que cinema e bd são duas áreas distintas do meio artístico. Também os romances o são e, contudo, são constantemente adaptados ao grande ecrã. No entanto, a banda desenhada possui algo em comum com o Cinema - o cariz visual apenas, a representação do palpável, a luz como criacção de espaços. Tudo isto muito coerente; mas existe algo que a primeira não apresenta e quando a catapultam para as salas de cinema, a tarefa gora-se no ridiculo. O fora de campo, a densidade temporal psicológica, o não-dito, onde transparece na arte dos quadradinhos? Assim quando a transposição resulta na adaptação `literal´ das sagas fica sempre a faltar alguma coisa, pois tal não é possivel. É neste aspecto que pessoalmente digo que aqui Frank Miller fracassa. "The Spirit", o filme, é visualmente apelativo e interessante. Ao efeito visual recorrente em "Sin City" foram acrescentados mais um par deles que `ficam bem´.
Confesso que não conheço os livros, mas o protagonista parece a olhos vistos não fazer juz à personagem, pois não se vê no ecrã o mesmo que no papel. E isso sabe-o Miller.

Agosto de 2009

2 comentários:

  1. ora aí está!
    assino por baixo.

    mas anda lá!! fala (ou escreve) lá do Watchmen do Z. Snyder...
    Vá lá!! fala... ... ou escreve!

    Gonçalo

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  2. Por acaso gostava de saber a tua opinião sobre o Watchmen. Prometo que depois participo no debate!

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